Expectativas para o setor de construção e ferramentas em 2022

O setor de obras e construção civil no Brasil, assim como outros países latino-americanos, têm criado boas expectativas para este ano. Seja para a geração de novas vagas de emprego ou para o desenvolvimento de novos projetos.

Segundo dados da CBIC (Câmara Brasileira da Indústria da Construção) se prevê um ano de 2022 desafiador, muito pela sequência do aumento de insumos básicos, mas também pela escalada da inflação. Durante 2021 os aumentos mais significativos se deram através de materiais derivados do aço entre outros, seguindo a insegurança para atração de novos recursos de investimentos privados dentro da construção. Este fator ainda deve permanecer este ano.

Por outro lado podemos assinalar que justamente são empresas do setor da construção as principais geradoras de emprego de mão de obra, criando fontes de trabalho para uma das populações mais vulneráveis deste País. O crescimento do setor, ano passado, chegou aos 5%. E para voltar ao pico de atividades, registrado em 2014, o setor precisaria crescer 5% ao ano até 2028.

Também podemos citar como fundamental a viabilidade de crédito, que permite uma menor taxa de juros perante os bancos. Entretanto, não há somente o mercado residencial, mas sim, as obras de construção civil voltadas para o varejo e área industrial.

Expectativas para o Varejo e Setor Ferragista

Falando agora um pouco sobre o setor ferragista, o ano de 2022 ainda deve ser de reestruturação para o varejo nacional. Bastante afetado pela pandemia, toda a cadeia de abastecimento envolvida, desde fornecedores, passando pelas empresas fabricantes até os distribuidores/revendedores de ferramentas elétricas, manuais e acessórios precisou mudar sua estratégia e se adaptar mais ao digital. E agora precisa trabalhar ainda mais em novos planejamentos com a tendência de reabertura econômica com a cobertura vacinal em estágio avançado.

Em outras palavras, a nova realidade exige que as empresas de ferramentas implementem estratégias de negócios para atingirem o objetivo de suas metas num curto e médio espaço de tempo. Essas transformações serão necessárias, com certa urgência, e vão atuar de forma impulsionadora para que a demanda do setor continue aquecida. Ou seja, tem espaço para crescer, sobretudo em novas tecnologias como instrumentos de medição, linha a bateria e martelos rompedores e demolidores coligadas diretamente com experiência do cliente (UX).

Também dentro das principais expectativas em 2022, ligadas tanto à relação entre fabricantes de ferramentas como as lojas de materiais de construção quanto às formas de investimento e planejamento, podemos citar:

Expansão do e-commerce: necessária a continuidade da mudança de hábitos de consumo vista na pandemia, com uma expansão do e-commerce e dos chamados marketplaces da construção. O principal desafio será manter a qualidade, gerir riscos, prevenir fraudes e aumentar a segurança cibernética no consumo pela internet.

Cliente no centro: há a expectativa, ainda, que o setor de ferramentas aumente o foco em um tipo de estratégia que coloca o cliente no centro dos processos e que não fique somente no discurso. Ela envolve aumentar o uso de processos que melhorem a jornada dos consumidores e sua experiência, desde a busca por um produto até a compra e o recebimento dele.

Integração entre os pontos de venda físicos: o varejo da construção ainda está passando por um processo de transformação digital, o que deve levar a mais investimentos na área. Ao mesmo tempo, com a reabertura, há a expectativa de uma integração entre os pontos de venda físicos, que não devem deixar de existir, e digitais e realmente vivenciar o “omnichannel” além dos slides de power point.

Continuação da transformação digital: o processo de transformação digital da indústria deve envolver não apenas uma integração maior com o varejo físico, mas também um investimento em inovação para melhorar o que já existe no e-commerce. Se espera que, novamente, conceitos como marketplaces da construção ganhem ainda mais espaço, ao mesmo tempo em que questões tradicionais do setor, como carteira de clientes e oferta de crédito precisão ser repensadas tendo o digital em vista.

Maior concorrência: o setor também precisará enfrentar o surgimento de uma nova concorrência a partir da modalidade de venda direta do fabricante para o consumidor final, que ganhou força durante a pandemia. Conversando com alguns players que ainda não atuam diretamente no Brasil, a promessa é que isso se torne realidade dentro da metade do ano em diante. Vamos conferir e trazer mais informações em futuros artigos.

Fonte: Luis Bressane

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